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Os impactos da mais importante eleição do mundo

Depois de bastante barulho, a eleição dos Estados Unidos parece chegar ao fim. O democrata Joe Biden, vice-presidente do país entre 2009 e 2017, assume o posto do cargo mais importante do mundo. 

O atual presidente, Donald Trump, durante a primeira semana de novembro, falou bastante na judicialização do processo eleitoral, no qual encontrava-se atrás do candidato democrata. O ruído ganhou força quando votos pelo correio começaram a ser contabilizados com ampla vantagem para Biden.

O mapa abaixo mostra a votação nos estados americanos. As cores azuis representam as vitórias do partido democrata e em vermelho, as vitórias do partido republicano. A cor de cada bola reflete a margem de vitória no estado, enquanto o tamanho da bola mostra o número de delegados que cada estado concede ao partido vencedor. Para ser eleito presidente dos EUA, são necessários 270 delegados.

Fonte: https://edition.cnn.com/interactive/2020/11/politics/2020-vs-2016-election-map-charts/

A imagem relata em pontilhado, os estados onde a eleição é vencida por partido diferente em 2020 em relação ao ano de 2016. Foram os casos de Wisconsin (10 delegados), Michigan (16 delegados) e Pensilvânia (20 delegados). Estão contabilizados 290 delegados para o democrata contra 214 para o republicano, o que sinaliza, no mínimo, uma boa vantagem ao candidato vencedor. 

Mesmo no Texas, um estado considerado bastante republicano, a diferença de votos foi menor do que 10% (mais especificamente, 5,8%).

Quais as implicações para o mercado financeiro?

A narrativa construída ao longo dos últimos meses é a de que o candidato democrata é um ponto positivo para a valorização de ativos financeiros tanto quanto para as ações. 

Um dos pontos esperados pelo mercado é uma diminuição de ruídos e incertezas por parte do presidente. 

Trump abusou da comunicação via Twitter, o que muitas vezes causou volatilidade nos preços de ativos. A incerteza de acessar uma rede social e ter um tweet que modifica fortemente os preços de mercado deve estar fora do radar dos investidores a partir de 2021.

O principal ponto que favorece a narrativa bullish para o mercado é a expectativa de maior liberdade em relação ao comércio exterior: Trump foi um presidente que buscou acordos comerciais bilaterais e que impôs sanções em alguns países, como o Irã. O novo presidente poderá ser mais flexível em tais questões e não buscar um superávit comercial menos negativo para os USA, beneficiando assim os países exportadores. O índice de ações japonês, por exemplo, bateu o maior nível desde que sua bolha econômica estourou, em 1991, há quase 30 anos.

Outro ponto será a grande expectativa de um maior auxílio para ajudar na recuperação econômica. Os democratas tentam um pacote de auxílio mais significativo, o que tem sido considerado positivo pelo mercado. 

A redução de incertezas e de expectativas de aumento de comércio tem levado a bolsa a ganhos e o dólar a reduzir seu valor no curto prazo. Como contraponto, temos dois fatores importantes: a eleição no equivalente ao Senado ainda não está definida. Os republicanos podem ficar com maioria e dificultar/reduzir as medidas pretendidas pelo novo presidente. Além disso, podem ocorrer aumentos de impostos, o que dificilmente é visto como positivo pelos participantes do mercado.  

Para o Brasil, a questão ambiental pode ganhar alguma relevância, com possível troca de alguns cargos relacionados a área. Maior flexibilidade deve ser necessária para tratar do tema com o novo governo norte-americano.

Os ativos locais tendem a surfar, em curto prazo, na narrativa de mercado criada globalmente, positiva para países emergentes. Basta ao país fazer o básico, como manter o teto de gastos, e evoluir nas reformas, paradas pela pandemia, política e eleições locais.

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autoria do texto: Hugo Szmidt – Mestre em Economia

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